Logo lá estaremos todos aperaltados com a fardita de trabalho. Alguns com fardas meias emprestadas por outros elementos porque não houve tempo para lavar e passar a ferro, para contar como figurantes no filme de terror da tomada de posse.
Enfim, nova figura, a mesma infelicidade. Farinha do mesmo saco como diz o meu avô. Já ninguém acredita na saída da moribundice. Os discursos prometem ser fortes, premiados com muitas palmas, a pedir aos céus para que este filme de terror acabe depressa. Não nos esquecemos do que o novo ariete dizia dos anteriores. Não nos podemos esquecer do que dizia quando era coordenador. Não nos podemos esquecer do que ele dizia quando as ordens não lhe agradava. Podemos e devemos fazer o mesmo, ele não se vai importar. Espero, e desejo, que os novos elementos façam o que aprenderam com ele, para ele sentir na pele aquela máxima: pimenta no rabinho do amigo para mim é água fresca.
Agora com ele a liderar vamos finalmente saber quem faz o quê, porque ele sempre dizia que era sempre ele que fazia. Agora com ele na frente das soluções vamos ter tudo o que temos direito; noites sossegadas, fardamento, equipamento, formação e instrução até dar com um pau e principalmente viaturas em ordem, disponíveis, impecáveis, novas, com pessoal que até pega à porrada para fazer serviços desinteressadamente. Vamos ouvir nos discursos as dificuldades de todos os dias. Que não temos sorte. Que ninguém nos ajuda, blá, bla, bla. Até vamos ouvir que fizemos isto e aquilo, que ninguém faz, que ninguém quer fazer, que vamos fazer isto e aquilo porque podemos e sabemos fazer. Infelizmente não vamos ouvir que vamos deixar de ter incompetentes a liderar a nossa Casa. Seria uma boa prenda.
Vamos ver os da pandilha receber as medalhas que ninguém percebe porquê, mas que dizem terem dado provas suficientes para as merecerem. Aquela de maior número de serviços vai ficar na história. Não quero pensar sequer nas atribulações do pessoal. Os mais gordos tem que emagrecer. Passam a entrar mais tarde, depois de cumpridos os quinze minutos de corrida diários, e no final do mês reverterem esse tempo em horas extraordinárias. Quem está preocupado também é o tio. De predador está coitadinho, convertido em presa e a perseguição promete e vislumbra-se que não vai durar muito. Em posts separados irei abordar o coelhinho, e as belas perturbadas. A saga continua.
Não se vislumbram alterações a curto nem médio prazo. Continuamos cada vez piores e ninguém põe termo a tudo isto. Os tarifas continuam tipo pedintes á porta do quartel sem nada para fazer e todos justificam com a crise. Podiamos ir para Espanha, Grécia ou para a Madeira fazer uns kilometrozitos e ganhar uns quantos, mas nada. Ninguém nos liga. Continuamos mal. O mesmo de sempre.