Nota-se no ar que se respira. Já nada é igual. Estes últimos dias foram uma maravilha. Tudo voltou ao martírio. Ninguém merece este castigo. Vou começar a fazer o totoloto e de novo o euromilhões, pode ser que saia e compro um bilhete sem volta para o mandante. Qual o destino? À escolha, ficavamos todos a lucrar e eu mesmo depois de entrar com o guito ainda fazia uma festa de arromba só para ver os confrades chorarem baba e ranho, e no fim, rirem de satisfeitos. Só seriam servidos sumos, águas e coca-cola por causa dos exageros.
Faltam dois dias para a missa de aniversário do nosso colega Joel.
Vais haver festa rija. O espaço para todos já não é no quartel, mas tudo aponta para ser num espaço refinado, já que há estagiários envolvidos num espaço para o fino.
O aniversário vai passar despercebido, porque há outros momemtos de glória. As familias finalmente vão-se todas conhecer. Promete. Só esperamos que não se arranjem pretextos para nada fazer, o que tem vindo a ser normal. O confrade que só faz o que quer já disse que por ele era um almoço desde que não fosse ele a pagar, porque está farto de dar no duro.
Falta quase um mês. A lista das músicas a tocar está dificil porque os gostos são variados e não se discutem, mas pedir ópera numa festa deste tipo, é condenar ao fracasso os tenores de parada.
Cada vez faltam menos dias para a grande apoteose. A festa promete. Já vai longa a lista de convivas para dar cor à mais que espectacular sucessão. Até amarelos vêm.
Traições muitas, intolerâncias ainda mais, mentiras a dobrar, arranjinhos, mais que muitos e continuamos a ver incompetências atrás de incompetências. Pelo menos agora pelas medidas adoptadas não há tanto pó dentro das viaturas. Os kilometros é que são poucos, mas vamos começar a andar na mesma quantidade que os euros gastos ao telemóvel. Continua a contagem decrescente e não aparece ninguém para acabar com esta pandilha.