Do leitor rui17@hotmail.com recebemos esta notícia. Bem haja. Refere que a retirou de um outro blog e enviou para o email, caso fosse importante devíamos publicar. Parece importante. Saber mais só afecta aqueles que não querem que saibamos e nos privam deste tipo de acções e informações. É sempre bom sabermos o que se passa com os nossos colegas nas outras corporação. Obrigado. A notícia:
Gripe A junta 250 bombeiros em Baltar
O quartel de Baltar, em Paredes, foi palco de uma acção de formação sobre procedimentos a usar em casos de doentes com gripe A. Esta foi a primeira iniciativa do género realizada em Portugal e pretendeu harmonizar métodos de acção entre os bombeiros. Ao todo, participaram 250 bombeiros de 43 corporações do distrito do Porto.
Segundo o presidente da Federação de Bombeiros do Porto (FBP), José Miranda, só 20 por cento das corporações estão equipadas com os kits de protecção individuais, sendo que uma delas é, precisamente, a de Baltar, mas o seu comandante teme que a corporação deixe de ter capacidade financeira para comprar este equipamento.
Kit custa oito euros
Até ao momento, todos os casos que envolveram suspeitas de gripe A – cerca de 150 no distrito do Porto - tiveram a intervenção do INEM. Porém, se se vier a confirmar a pandemia prognosticada, o transporte de doentes para os hospitais de referência vai ter de ser efectuado, igualmente, pelos bombeiros voluntários.
Foi com esta ideia que a FBP realizou uma acção de formação dirigida a todos os bombeiros do distrito. A iniciativa, ministrada pelo delegado regional do Norte do INEM, Luís Meira, decorreu em Baltar, Paredes, e juntou representantes de 43 corporações na noite de sexta-feira.
“Pretendemos harmonizar procedimentos de actuação entre todos os bombeiros. Queremos também que os bombeiros utilizem a mesma linguagem e funcionem como um veículo de informação para a população”, justificou José Miranda.
Segundo o presidente da FBP, apenas 20 por cento das corporações do distrito do Porto já está equipada com o kit, composto por bata, máscara, luvas, touca e óculos, utilizado por médicos e enfermeiros nos casos de suspeita de gripe A. Uma dessas corporações é a de Baltar, que acolheu a acção de formação. “Comprámos dez kits e estamos preparados para os utilizar.
Cada um deles custou oito euros e o seu custo foi suportado por nós, pois ainda não existe comparticipação para a compra deste equipamento”, afirma o comandante Delfim Cruz.
Este responsável teme que, a confirmar-se o número de infectados com gripe A previsto, a corporação baltarense deixe de ter capacidade financeira para renovar o stock de kits de protecção.
Esta preocupação não é, no entanto, partilhada por José Miranda. “Se me preocupasse com o dinheiro estaria a desvalorizar o que é importante. E se implantarmos os procedimentos correctos não haverá moral para dizer não às necessidades dos bombeiros”, sustentou o líder da FBP.
Bombeiros receosos, mas não assustados
As indicações dadas aos bombeiros incidiram, essencialmente, na necessidade de isolar o doente suspeito de ter gripe A e na obrigatoriedade dos bombeiros utilizarem material de protecção.
Os membros do INEM realçaram também a importância de desinfectar todo o material, incluindo a própria ambulância, com o qual o doente manteve contacto durante o transporte. “Lavem as mãos, estejam sempre a lavar as mãos”, aconselhou o enfermeiro do INEM.
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Baltar revela que existe algum receio entre os seus homens relativamente a casos de gripe A.
No entanto, também esta doença não assusta estes “soldados da paz”. “Já temos algumas situações em que também há muito perigo de contágio, sobretudo de doenças como a hepatite”, declara Delfim Cruz.