Estamos mais pobres. Faleceu um dos nossos. Um dos poucos que acreditava que como bombeiros podemos e devemos fazer mais e melhor. Construiu sonhos à volta de pessoas que se diziam serem as maiores. O tempo passou, acabou por descobrir que grandes mesmo eram os seus sonhos e as pessoas pequenas demais para torná-los reais, autênticos embustes, mentirosos, hipócritas e incompetentes, os mesmos que vão conceder medalhas no próximo aniversário a título póstumo quando nunca tiveram tempo sequer para lhe dar uma chamada por telemóvel.
Retenho a última vez que esteve junto connosco. Muitos riram dele, fizeram chacota. Outros, os mais vivaços, serviram-se dele, da sua fragilidade física. Nunca foram enormes como o nosso Baia na determinação e coragem de encarar a vida como ele a enfrentou. Ele não queria que o víssemos fragilizado. Deixou-nos, não torceu. Quebrou. A doença só lhe venceu o físico, porque o seu espírito, estará sempre presente quando nos lembramos dele, da sua vontade de aprender, da simplicidade e bondade. Já tenho saudades.
Um dia destes a gente vê-se. Descansa em Paz amigo e, se poderes, faz com que as coisas mudem na Associação que aprendeste a gostar, servindo desinteressadamente.